Não julgue os rótulos

Durante uma conversa cotidiana com um conhecido, acabei ouvindo a tão conhecida frase “Quem se define, se limita. Rótulo para que?”. Nunca concordei muito com essa afirmação, porém nesse dia específico acabei me incomodando mais com ela. Definir e se limitar são duas coisas distintas, separadas por um abismo enorme. Uma coisa é você querer definir alguém, estereotipar apenas por uma característica, outra coisa é o autoconhecimento, o que é essencial para todo mundo. Se eu tenho propriedade suficiente para dizer que sou x ou y, não estou me rotulando, estou me conhecendo, me descobrindo. E mesmo que seja rotular, qual o problema disso? Em um rótulo vêm descrito todos os ingredientes utilizados, suas quantidades, origem, o seu propósito no mundo. Queria eu me conhecer bem ao ponto de saber todas essas informações sobre minha pessoa. Quem não tenta se definir, não descobre qual o motivo de estar aqui. Tentar se definir é totalmente o oposto de se limitar, é descobrir quem você é, do que é capaz; e caso esteja satisfeito, ótimo, pode apenas seguir evoluindo. Mas caso não esteja satisfeito com o que é, pronto, agora que sabe mais sobre si, é a chance que tem para mudar aquilo que te incomoda. E claro, se rotular hoje não significa que terá o mesmo rótulo a vida toda, tirar um rótulo antigo para conceder espaço para novas informações estará sempre ao alcance das suas mãos, basta querer.

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