Eu nunca vou saber se eu signifiquei na sua vida o que você significou na minha. Simplesmente porque eu nunca vou ter coragem de perguntar, nem para você e nem para qualquer outra pessoa que a gente possa ter em comum. Orgulho? Talvez. Medo? Provável. Pode ser que eu não queira saber a resposta. Ou não esteja prepara para ouvir o contrário.
Te ter em mente e imaginar a sua resposta é a esperança que eu tenho aqui dentro de achar que nada do que passamos foi apenas uma ilusão. Mesmo que às vezes as suas atitudes tenham dito o contrário em alguns momentos. Ainda que eu saiba que se você quisesse teria como me encontrar facilmente. Você nunca foi o tipo de pessoa que deixa para depois. E isso com certeza foi uma das coisas que me encantou em você. A sua sinceridade.
A música questiona se eu me apaixonei pelo que eu inventei de você e eu acho que foi isso mesmo. Mas uma parte muito grande de mim prefere lembrar dos momentos em que você não foi nada além de você mesmo. Eu preciso confessar: isso mexe com o meu psicológico. Você modificou tudo a partir do momento em que decidiu invadir uma parte do meu coração que eu nem sabia que existia e já era seu. Algo dentro de mim me faz pensar que talvez você não saiba ou não tenha compreendido isso até hoje. Não deixou espaço para mais ninguém e o teve de volta cada vez que alguém tentou roubar.
Nós nunca tivemos uma música, um sinal, um modo de chamar ou uma lembrança tão marcante a ponto de ficar revivendo apenas ela. Nós nos entendíamos no olhar e cada momento foi tão intenso quanto os que já haviam passado. E os que estavam por vir também.
Foi nessa loucura que eu me perdi de você. Perdi o rumo, os sentidos e o jeito de lidar com um turbilhão de sentimentos enquanto tentava me encontrar aí dentro. Busquei para ver se era recíproco. Quis você quando tinha gente tentando me colocar contra – e não tive.
Joguei tudo para o alto quando percebi que havia me perdido de mim mesma.