O garoto no convés.

Fala Galera, tudo bem?

Eu poderia sentar em frente a tela do meu computador e fazer uma resenha do livro. Mas isso vocês poderão encontrar em vários blogs que trataram sobre o livro. Prefiro sentar e ser sincera com vocês de colocar como esse livro percorreu meus dias, e o que de especial é visível nele.

Para início, é necessário saber que a história é embasa no motim do Bouty que teve grande destaque na história da marinha britânica. Em uma viagem em busca de mudas de fruta-pão para implantar nas colônias para servir de alimento aos escravos, na estadia na ilha do Taiti, os marinhos acabam se encantando pela beleza do lugar e pelas mulheres “selvagens e não cristãs”. Incentivados pelo Fletcher Christian, a maioria destes se amotinam contra o capitão/ tenente Bligh, que comandava o navio, e deixam ele e mais 19 homens que ficam a seu favor, à deriva com apenas um barquinho e mínimos itens que sequer garantiriam uma sobrevivência digna.

John Boyne se embasa na história marcante desse motim e o reconta através de um personagem chamado John Jacob Turnstile, que é um garoto criado no roubo, com uma vida difícil, que em seu último roubo é preso, e lhe é proposto duas opções: ou ficar preso ou embarcar em uma viagem marítima. Claramente que ele opta pela segunda opção, e meus caros, eis que toda a aventura começa.

Se eu sabia de tudo isso antes de comprar? Que nada! Comprei pelo autor, e não me envergonho de dizer, já que é “O cara”. E jamais que iria me arrepender, disto eu estava certa. Mas o livro foi bem mais surpreendente do que eu esperava.

Primeiramente, há um apego especial pelo protagonista John Boyne consegue caracterizar tão bem ele, inclusive seus pensamentos sendo ele também quem conta a história. É como se pudéssemos ver o garotinho de passado trágico, repleto de abusos, violência e infelicidades, enfrentar um presente novo e aventureiro. É perceptível o crescimento dele e o autor ainda, em consideração com o leitor (agradecemos) ainda conta como este vive em seu futuro. E, adianto, o personagem é apaixonante.

Lá vou eu, tiete total de questões históricas (vamos mudar esse curso de Direito para História, linda?! haha). A retratação nos faz vislumbrar o cenário marítimo. É presente todas as questões de colonização, escambo, a visão de superioridade deles perante os que consideram “selvagens”, a força do cristianismo e do poder real. As punições físicas são também retratadas.

E não há indefinição acerca de quem é o herói ou vilão, como ocorre na história real. O autor evidencia que Bligh é o grande herói. O salvador de todos, em seu caráter inquestionável.

Bem, fica uma dica de leitura, da qual digo que não irão se arrepender.

2 respostas para “O garoto no convés.”

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